domingo, 23 de janeiro de 2022

A SUBSTITUIÇÃO DO SAL INSÍPIDO

 


Foi o próprio Jesus quem disse: 

- Vós  sois o sal da terra!

E ele mesmo quem advertiu, pois.

- Mas, se o sal se tornar insípido para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens.

Isso está em todas as Bíblias para quem desejar ler: 

"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens"- (Mateus 5:13)

Mas, vamos conduzir nossa reflexão escrita de hoje, por etapas; e primeiramente vamos levar em conta que o sal somente salga por contato, se ele estiver presente no lugar ou ambiente onde precisa atuar. Ele salga se for adicionado dentro da panela onde está o alimento que precisa salgar. Por a época que escrevo estas linhas, aqui em Charlotte, Carolina do Norte, tem caído neve e no nosso ptio ao lado de fora onde escrevo há um acumulo de neve, e nas ruas de nossa cidade é fácil conhecer os lugares mais necessários onde os caminhões passam jogando o sal que derrete a neve, dos lugares onde falta o sal e a neve se acumula.

O Sal salga por contato, e este é o exemplo mais forte para justificar a necessidade de atender o Ide, e fazer o evangelho ultrapassar as fronteiras para chegar onde estão os povos e nações que precisam ser salvos. 

E este memo exemplo também ilustra a necessidade que os próprios missionários que atuam no Exterior, e estão com seus tempos e energias comprometidos e sendo consumidos com tarefas profissionais de sustento, também precisam ter seu tempo livre para dedicar-se a trabalho da evangelização e discipulado, para estar presente onde se faz necessário estar. É o a resposta ao questionamento da engrenagem existente em Romanos 10 13-15 que pergunta: "Como pregarão se não forem enviados.

Mas, se o fracasso da igreja, ou do cristianismo, ao ser ultrapassado pelo islamismo que surgiu 610 anos depois de sua existência na terra, não está relacionado apenas na falta da presença do sal da terra onde ele se faz necessário, porque, também, o defeito ocorre onde ele se tornou insipido, nos lugares onde está presente, presente, porém, não salga.

Isso ocorre tanto pelo festival de escândalos que acontecem e foram multiplicados no meio cristão nos últimos anos, quanto pela proliferação de heresias, aproveitamentos financeiros, venda de amuletos, e rituais estranhos, que envergonham os redimidos, que verdadeiramente são o sal da terra, e estão realizando o seu trabalho. E seguindo o ensinamento de Jesus, ninguém pense que o sal que tornou-se insípido, pode ser restaurado o sabor.

Obreiros, pastores e pastoras, que estão sendo presos por corrupção, fraudes, estupros e assassinatos, jamais voltarão a ter o mesmo respeito e consideração anterior.


E na omissão missionária, líderes de instituições eclesiásticas que passaram a vida inteira administrando altos valores que são arrecadados por suas tesourarias, e nunca fizeram nada pelas missões, jamais, admitirão de suas igrejas sejam despojadas, para atender campos e obreiros em territórios distantes, nem que seus salários sejam diminuídos à favor da Causa.

Tentar convencer um líder que passou a vida toda lendo e pregando sobre a necessidade missionária da igreja, sem nada praticar de seu próprio discurso, é uma perda de tempo, como tentar enxugar gelo, ou passar manteiga em nariz de gato.

Por isso o caminho mais lógico é trabalhar na substituição, ou seja, prepara um nova geração de cristões, comprometida com as missões, através do discipulado.

Os cristão que realmente são o sal da terra, precisam unir-se para impedir, que a próxima geração de lideres, que sentarão na cadeira de comando nos gabinetes pastorais e nas convenções e concílios, para substituir os líderes atuais que fabricaram e mantém ativa a omissão missionaria da igreja, sejam pessoas da mesma estipe, geralmente indicados por eles, formados na mesma escola de liderança que prioriza o ter a abandona o ser.


Afinal, a igreja e os perdidos da terra, não dispõe de mais 40 ou 50 anos de tempo, nos cargos vitalícios de uma nova liderança eclesiástica, que teima em seguir 'a trilha da bezerra perdida.

Ha uma promessa na Bíblia, que as portas do inferno não vão prevelecer contra a igreja do Senhor na Terra, e nisto temos que crer agir ou reagir.

Afinal, foi dado aos cristão a responsabilidade pelo funcionamento da engrenagem da evangelização do mundo, onde cada parte para funcionar depende do funcionamento da anterior, e cabe aos cristão autênticos, o sal da terra, tanto o funcionamento quando o seu reparo ou lubrificação a cada tempo.


Romanos 10:13-15


sábado, 1 de janeiro de 2022

PREVISÕES PARA 2022



Nossas previsões para 2022 observando apenas os aspectos religiosos e políticos visíveis não seriam as melhores, apenas realistas.

E se avaliarmos as previsões bíblicas para os últimos dias da humanidade, também não podemos fazer previsões animadoras;
“Quando vier o Filho do Homem porventura achará fé na terra’ | ‘ Os últimos dias serão trabalhosos….| “ haverá rumores de guerras, terremotos..” | “ . e por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará..| Etc,
Para alguns indivíduos que leem estas linhas pode ser que até o aspecto da saúde e das impossibilidades e limitações decorrentes de enfermidades ou impostas pelo envelhecimento do corpo, as previsões podem ser desanimadoras e até assustadoras.
Billy Graham, aos 94 anos escreveu que a velhice não é para os fracos.
E só tem um jeito de não envelhecer, que é; morrer antes, e isso todos recusam quando tomam seus remédios e fazem seus exercícios e dietas.
E por isso precisamos fazer uma escolha, tomar um decisão, crer na Vitória que Deus promete aos seus servos, ou nas circunstâncias e mentiras de Satanás que seremos derrotados, afinal ele sim, já está condenado.
Porém, aos que creem, o resultado é ver a Glória de Deus, como disse Jesus à Marta, a irmã de Lázaro, que foi ressuscitado da morte após 4 dias de seu enterro.
Por isso precisamos viver da fé, que vence os obstáculos e supera circunstâncias, e com a fé todos os aspectos caóticos de nosso tempo, na família, na igreja e na sociedade poderão ser superados.
E nesta hora que o pequeno Davi, que somos nós, não podemos olhar para o tamanho do gigante a enfrentar, mas, para o tamanho do Deus em quem cremos, amamos, serviços, e usar a fé, que é a parte do escudo na armadura que ele nos dá, com a qual poderemos apagar todos os dardos inflamados do inimigo.
Nossa missão (Worldwide Missions) contrariando todos os diagnósticos, em tempos de pandemia e omissão missionária degradante, tem conseguido sustentar obreiros, construir espaços e batizar dezenas de pessoas na África, no Oceano Índico, e até os problemas mais complicados em que surgem para perturbar nossa paz familiar e gerar dificuldades empresariais na área de negócios e no ministério tem sido superados, com tolerância, perseverança e resignação.
Por isso pela fé, que de uma vez por todas foi entregue aos santos (separados) nós cremos na vitória sobre mal, em que as portas do inferno não hão de prevalecer sobre a igreja de Jesus na terra, e na ação missionária daqueles missionários mantenedores que estão gerando e enviando os recursos que a causa missionária precisa ter para prosperar, e que os missionários executores precisam dispor para avançar no que estão fazendo.
Eu creio que em 2022, ampliaremos nosso número de missionários mantenedores, para ampliar nossa ação missionária atreves dos missionários executores.
Que novos obreiros serão treinados, enviados, sustentados, e novos espaços serão erguidos para serem locais reservados para servirem de lugar de adoração e apoio aos que vão sendo salvos.
E ainda com uma fé tão sobrenatural como ressuscitar um defunto morto de quatro dias, nós cremos que algumas igreja e líderes que estão totalmenre inertes para as missões, irão despertar e sair do crescimento vertical desenfreado, para plantar suas congregações no Exterior, e avançar no crescimento horizontal para facilitar o trabalho da igreja na conquistas dos povos e nações que estão nos confins da terra.
E se você também crê em um avivamento missionário real, diferente dos engodos dos congressos de missões, sem estratégias e sem missionários, que são apenas eventos pirotécnicos, para enganar os incautos, tome sua primeira decisão de 2022 de ser um missionário(a) desta nobre causa, indo ou enviado.
FELIZ 2022 COM UM CLIQUE MISSIONÁRIO.
——
Worldwide Missions -37 Th
ALL NATIONS CHURCH MINISTRIES |TRINITY

sábado, 13 de novembro de 2021

O UNIFORME DO CRENTE, NÃO PODE SERVIR DE DISFARCE



E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 

(1 Tessalonicenses 5:23)

A doutrina da inteira santificação que está claramente exposta no versículo acima, ao ser negligenciada por quem se identifica como servo ou serva de Deus gera consequências  irreversíveis, tanto temporais, quanto eternas.

Precisamos saber marcar um limite entre o santo e o profano e procurar entender biblicamente como deve se portar quem serve a Deus, para ser diferente de quem não o serve. Isso também está escrito com todas as letras:

E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro. (Ezequiel 44:23)

E para fazer a diferença entre o santo e o profano e entre o ímpio e o limpo" (Levítico 10:10)

Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve. (Malaquias3:18)

Mas, usaremos na reflexão deste comentário como exemplo ilustrativo; o uso de uniformes, que é um tipo de vestimenta especial, que os militares usam quando estão em serviço e alguns  funcionários são obrigados a usarem para desempenhar suas funções em fábricas ou canteiros de obras. 

Logo quando estão fora de suas atividades profissionais, os funcionários ou militares despem-se de seus uniformes, com os quais são identificados durante os seus trabalhos, para vestirem suas roupas normais, ou ficarem à paisana, como são chamados os militares quando não estão vestidos de suas insígnias militares.

No entanto na vida cristã e em relação a obediência à Deus, não dá para se despir do uniforme em momento algum, porque devemos estar preparados para o encontro com o Senhor, a qualquer momento. 

Quando usamos a vida cristã como um uniforme, que pode ser vestido somente quando bem desejarmos, ou até usar algum procedimento de obediência e santidade como aqueles dispositivos que os motoristas de aplicativos usam ON para determinar quando estão disponíveis para efetuar as corridas, e colocar em OFF  quando desejam  ficar fora de serviço, e não atender no transporte de passageiros.

Quando o cristão vive uma vida dupla, com um pé na igreja e outro no mundo, ou mesmo separar momentos de adoração, dos seus momentos de prostituição, adultério, bebedices, e fazendo este procedimento como um hábito, como se fosse um pro0cedimento normal, sem acarretar problemas, certamente ele estará correndo riscos de ser punido como um  servo mal e negligente;

"O servo que sabendo a vontade de seu senhor, não se preparou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos acoites" ( Lucas 12:47)

Erra todo aquele que pensa que a vida cristã pode ser levada de qualquer maneira, ao gosto do freguês, e não so modelo que Deus prescreve e exige para os salvos.

"Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus." (Romanos 10:3)

O verdadeiro cristão não pode ser uma pessoa quanto está em um culto, e ser outro quando está fora dos templos, como se tivesse liberdade para se perverter.

Tem até um exemplo comico a respito disso, de um garoto que na sua inocencia pediu a seu pai, para morarem no templo. E quando o pai surpreso perguntou ao seu filho porque ele queria morar no templo, ele entapo respondeu:

- É porque aqui o Sr. é uma outra pessoa, bem diferente, de como se coporta em casa durante a semana. 

Outros, procuram vestir 'roupa de crente', falar como crente e agir como crente, nos horários de cultos, e nos outros dias da semana, aprontam e bordam, como bem ententem, tanto nos seus negócios e nos seus entretenimentos.

Mas, equivoca-se aqueles cristãos que abusam do amor de Deus, praticando a libertinagem, em nome da liberdade cristã, enquanto se esquecem, que há um limite estabelecido entre o amor de Deus e a justiça de Deus, conforme prediz a própria Palavra: 

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detém a verdade em injustiça"

(Romanos 1:18) 


Não podemos confundir a Dispensação da Graça, nem o evangelho da Graça, que sai de Graça para quem o recebe, como algo sem valor, desprezível, porque se sai de graça para nós, é porque Jesus pagou o preço imensurável que ninguém poderia pagar, e isto...

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todos aquele que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna" (João 3:16)


Portanto, sabendo disso, vale à pena santificar-se a cada dia, corrigir erros, e evitar o pecado que tão de perto nos rodeia, para correr a carreira que nos está proposta.

Quando alguém usa um uniforme como como disfarce, engana-se a si mesmo, e pode até enganar alguns outros, porém, nunca a Deus que sonda os rins e o coracões. Isso também está escrito; basta ler, e converter-se ou consertar-se antes que seja demasidamente tarde, como tem siudo para alguns.

"E ferirei de morte a seus filhos,  e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo a vossa obras" (Apocalipse 2:23)




segunda-feira, 21 de setembro de 2020

CAP.5: PROCURANDO UMA REBECA .




Eis que estou junto a fonte de água; seja, pois, que a donzela que sair para tirar água e à qual eu disser: Peço-te, dá-me um pouco de água do teu cântaro; E ela me disser: Bebe tu e também tirarei água para os teus camelos; esta seja a mulher que o Senhor designou aos filho de senhor. E antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Rebeca saía com seu cântaro sobre o seu ombro, desceu à fonte e tirou água; e eu lhe disse: Peço-te, dá-me de beber. E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro de sobre si, e disse: Bebe, e também darei de beber aos camelos; e bebi, e ela deu também de beber aos camelos. ( Gênesis 24:43-46)



Durante os meus primeiros anos no Seminário, o meu foco era somente estudar  a bíblia, aprender suas doutrinas, e aproveitar bem o tempo para ajudar no que fosse necessário na obra da própria igreja, como aquele   trabalho que fiz como dirigente na congregação do Caju Una, o vilarejo de pescadores onde Deus falou comigo, sobre o que teria que fazer na sua Obra. 

Eu, como outros jovens seminaristas saia para  pregar  nas congregações de Belém durante os finais de semana em que eu não viajava  para o Marajó.

Sendo eu um aluno beneficiado com meio bolsa de estudo que o próprio seminário me concedia, eu sentia-me devedor à igreja de Belém que sustentava o colégio em suas despesas principais, eu tinha em mente que alguém estava pagando a outra metade, que eu não poderia pagar.

Naquela época estava sendo construído o templo Central da igreja de Belém, para substituir o antigo templo  onde a gente congregava para participar dos cultos de doutrina na segunda feira, onde o nosso querido Pastor Firmino Gouveia, era usado por Deus para exortar à todos com autoridade do céu.

No prédio do seminário  em algumas salas da parte térrea, que ainda estavam inacabadas, eles guardavam vergalhões, tijolos,  e outros matérias que seriam usados para a construção do tempo.

Periodicamente era solicitado a ajuda dos alunos internos, em suas horas livres, para carregar ou descarregar caminhões que levavam ou traziam material de construção. 

Como bolsista eu não era forçado a fazer nada. Ninguém era  forçado à fazer nada, se não quisesse, porém, era oferecida uma oportunidade  quem desejasse participar dos mutirões de trabalho, da propor igreja,

Eu fazia isso prazeiroso como uma forma de gratidão, e até por um dever ético visto que os diretores sabiam que eu era um dos beneficiados pagando apenas a metade das mensalidades, e por isso eu fazia questão de não fazer corpo mole, procurava trabalhar duro durante os carregamentos de material, era até um tanto exagerado nisso. 

Os alunos que pagavam toda a mensalidade, alguns filhos de pais presentes e com boas condições financeiras, que lhes davam tudo que precisavam, achavam aquele um trabalho demasiado pesado, e queriam poupar esforço fazendo como bem entendessem, já que estavam pagando para estar ali. Alguns filhos de pais com condições, não tinham costume com trabalho pesado, mas, comigo era diferente, desde cedo fiquei órfão e tive que dar o meu jeito.   

Lembro-me que em um destes mutirões de trabalho com os alunos, o Pastor Josias Camelo, que era o Diretor na época, estava presente e enquanto observava o meu desempenho, fez um comentário dizendo assim:

- O Calby, está  trabalhando por ele e por mais dois. 

Logo um irmão mais idoso aproximou-se de mim e advertiu-me:

-Não faça isso meu  jovem, poupe seu corpo, porque hoje ele resiste e suporta o que você esta fazendo com ele,  porém, amanhã virão as  consequências  e  ele pode lhe  cobrar caro por tudo que você esta fazendo com ele agora.

Nunca vi ouvi um conselho tão verdadeiro como este, foi igual uma profecia. 

Hoje quando forço  um pouco mais a coluna, afetada por hérnias de disco  e sinto-me impossibilitado de levantar algum peso e a situação complica durante as viagens. Algumas momentos  sou obrigado usar periodicamente uma bengala, para o próprio corpo sustentar-se de pé,  lembro-me sempre dos conselhos daquele homem, e dos esforços  feito nas construções para sobreviver na América, nos primeiros anos, de intensa provas. 

Eu também entendia, naquele tempo,  que construir  nosso templo era um dever de todos, quem podia contribuir com ofertas altas  estava fazendo isso, eu como não ganhava dinheiro, sentia-me alegre ao poder contribui com meu suor e meu trabalho quando isso era possível.

Também, foi durante um ano em meu período de tempo de seminário, que eu prestei serviço militar, servindo como soldado da Aeronáutica na Base Aérea de Belém, um tempo que passava os dias no quartel, e estudava no turno da noite, junto com os alunos externos.

Tenho desse período de meu recrutamento no quartel, quando fui formado soldado, um experiência muito importante para contar que devo contar aqui. 

Enquanto eu servia como soldado, ocorreu  um acidente aéreo  com uma avião da FAB que caiu transportando alguns  oficiais e todos morreram. Os oficias, pertenciam ao I COMAR (Comando Aéreo Regional) com sede em Belém, do qual eu fazia parte, então  e foi programado no quartel que no sétimo dia do acidente, seria realizada em um um dos hangares da base, uma missa em sufrágio da almas dos oficiais que morreram naquele acidente. 

Era obrigatória a presença de todos os soldados, que deviam ir vestidos com seus uniforme de gala. Mas, eu estava incomodado com aquilo, porque eu já tinha aprendido que nos estudos das Doutrinas  Bíblicas, que fazia no seminário,que os que servem a Deus, e conhecem a realidade do que se passa após a morte, quando segue-se o Juízo.

E, como aos  homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois depois disso o juízo, (Hebreus 9:27)

Eu já entendia que se a pessoa não se arrependeu e se converteu ao Senhor, usando o seu livre arbítrio durante o seu período de vida na terra, de nada adiantaria qualquer missa, oração ou intercessão a favor de quem já morreu, esta atitude pessoal que cada indivíduo deve tomar por si, e não pelo os outros, pois cada alma prestará conta po si mesma diante de Deus.

E ainda o pior seria um crente, servo de Deus, que sabendo disso teimasse em participar de uma missa que tinha este objetivo. 

E eu já tinha feito um voto de servir a Deus até o final da vida. E para completar, quando eu já estava todo arrumado nos alojamentos dos soldados, vestido em meu uniforme de gala, para eventos especiais, somente esperando a hora de tocar a corneta para me apresentar e ir marchando para o hangar da reunião onde haveria a missa, que ficava distante ha uns 400 metros dali, na própria base onde estávamos , foi quando, durante a espera eu abri o armário, e pegando a Bíblia para ler alguma coisa naquele momento, foi exatamente  no texto  que fala sobre o  relato dos amigos de Daniel, quando eles, em obediência a Deus, ficaram de pé diante da imagem que o tinha ordenado que todos adorassem, e por causa disso foram bancados na fornalha de fogo, de onde saíram ilesos, para espanto de todos. 

Foi então que eu criei coragem,   e imediatamente comecei e tirar o quinto uniforme que era o uniforme de gala, e vestir o sétimo uniforme, que era o uniforme  normal de andar pelo cidade e poder ir para casa. 

Havia um outro soldado amigo, cujo nome de guerra era Valente, músico, que também era crente e tocava na banda do quartel, e  quando me viu com outra roupa perguntou o que estava fazendo. 

Foi então que eu lhe disse que estava errado um crente ir rogar pelas almas dos mortos, quando a Bíblia proíbe isto, e ensina que de nada adianta.  Ele também ganhou coragem, e me acompanhou na saída do quartel. Faltamos missa, e isso se notou facilmente na hora de reunir o pelotão, por causa da chamada de tropa, quando ca uma e chamado pelo número, o meu era 131 cabendo punição aos culpados. Aquele era um final de semana, e no Domingo, não havia expediente no quartel, a não ser para os soldados de plantão, e não era o nosso caso. 

Na próximo segunda feira, ao chegar no quartel, para os treinamentos militares, e o Valente, fomos chamados a se apresentar perante o Tenente Torres, que era o encarregado maior por nossa companhia. Isso era grave, ser chamado ao Comando, por causa de uma transgressão, desobediência de ordens do próprio Comando. 

O enquanto caminhávamos para o prédio onde estava o Comandante,  o soldado Valente, pediu-me que eu desse a explicação, pois estando no seminário, eu poderia me sair melhor que ele que ainda não entendia muito como explicar.

Eu tranquilizei-lhe:

- Pode confiar no Senhor, pois, nós estamos aqui porque honramos o seu Nome, fizemos o que a Bíblia ensina. E pode deixar que eu explico isso ao Comandante, sem problema algum. 

Chegando lá  fomos direcionados por alguém a sala do Comandante Torres, e conforme as normas militares , batemos continência, e nos apresentamos, eu S2 QIGNE 78 1011 131, e o Valente, também falou o número dele. 

O Comandante, sem nos olhar diretamente e examinado uns papeis sobre sua mesa foi perguntando: 

- Por qual motivo vocês faltaram a missa soldados?

Eu estava em posição de sentido, afinal era ainda um recruta diante do Comandante, e ele não tinha dado ordem para ficar à vontade, e nesse posição eu falei:

- Porque nós somos crentes Tenente, e segundo a Bíblia  é terminantemente proibido orar pelos mortos, a Bíblia diz que depois da morte segue-se o Juízo.

O Comandante então, desta vez  olhando-me firme nos olhos  falou: Vocês sabiam que faltar uma ordem do Comando ;e falta grave, e que por causa disso, vocês vão pegar 8 dias de prisão?

Eu respondi-lhe:

- Não tem problema Comandante, será uma grande honra ir para a prisão por estar  obedecendo a Deus. A Bíblia nos ensina que é melhor obedecer a Deus que aos homens, e principalmente quando a ordens dos homens, sai ao contrário dos ensinamentos do Senhor. 

Ele olhou-nos pensativo, eu pude notar que estava um tanto espantado  e vendo coerência em nossa resposta. Também, acho que ele notou que não valeria mais a pena, alongar a conversa. 

Então ele apenas disse: Podem se retirar.

E saindo dali, nós ficamos apreensivos para ver se na hora da leitura do boletim, ao final da tarde, quando saia as ordens, para que os soldados em punição se apresentassem na cadeia do quartel,   o nosso nome seria chamado para nos apresentar la e ser presos. Porém, isto não aconteceu. Acho que o Comandante, considerou nossas palavras, refletiu melhor e viu que não fizemos por rebeldia, ou maldade, mas, simplesmente por um principio religioso. Deve ter observado nossa ficham e viu que não havia outra má conduta.

No entanto, avaliando os fatos, que aconteceram depois disso,  o meu sofrimento seria menor se tivesse sido preso.

O Valente se livrou de mansinho, mas, eu como como era o causador de tudo e o que falava, fiquei sendo burlado pelo Sub-Oficial, que ficava abaixo do Comandante e que cuidava da tropa, e outros soldados que era idolatras , ateístas ou incrédulos, se aproveitavam disso, para ajuda-los a fazer comigo, o que hoje é chamado de bulling, ou seja burlar e fazer anedotas usando a situaria ou aparência de alguém.

Quando tinha algum tempo vago, após os treinamentos, ou doiraste os intervalos, ele  chamava-me com termo pejorativo, chamando-me do crente, ou de pastor, ou o Aleluia,  pedia para que eu  ficar na frente da tropa, com uns 136 soldados,  e alguns deles,  querendo aparecer diante do Sub Comandante e dos outros,  faziam um gracejo, dizia uma piada indecente, contava algum,a anedota que fizesse os outros rirem. 

E eu ali de pé, suportava tudo calado, com o maior contentamento de estar ali por causa de minha convicção de fé, eu havia feito uma promessa de servir e honrar o Nome do Senhor, e ali era apenas uma oportunidade de fazer isso. 

Quando eles cansavam, ou a situação ja perdia a Graça,  então o Sub-Oficial pedia que eu voltasse para meu lugar. 

Isso foi feito por duas vezes diante da tropa inteira, mas, foi o suficiente para eu ficar conhecido como o 'crente babaca' um termo pejorativo, que usavam, para destacar arquem  incompetente, sem qualidades, e  isso gerou, muitos outros ataques individuais de ateístas e pessoas de outras religiões que detestavam alguém por causa de suas convicções de fé.

Por outro lado, existia aqueles outros jovens soldados, que era crentes ou desviados da igreja, que admiravam a minha conduta de fé, e sabiam que eu estava fazendo e submetendo-me o que muitos deles não tinham coragem de fazer. 

Alguns ate me admiravam, e se chegavam até a mim para  confidenciar seus problemas pessoais e solicitar algum aconselhamento ou ajuda em oração 

Eu evitava estar no meio de piadas indecentes, e muitos ate me respeitavam, eu não sei se por pena ou consideração, as se eles observam que eu não participava das brincadeiras das pelejas, e dos jogos,  ou das farras que alguns faziam nos dias de folga das quais relatavam, nova espécie de exibição de domínio,    eles se esqueceram de notar, que eu não desanimava nem caia nos treinamentos, e que tirava boas notas em todas na matérias, afinal enquanto eles se divertido, eu estudava, o que nos era repassado para aprender.

No final dos três meses quando terminou o recrutamento,  existia um prêmio especial para o melhor soldado daquela turma de recrutas.  Era uma expectativa geral, para saber quem seria o primeiro colocado, que eles chamavam de Primeirão.

No dia esperado para saber como se tinham saído durante os treinamentos e qual seria o melhor soldado de toda a tropa, era exatamente uma segunda feira, quando todos so chegar no quartel, ja deveriam correr para o quatro de avivo, onde estavam afixados os nomes dos vencedores. 

E sabe que estava no top  de todos?

Justamente aquele soldado babaca que que havia faltado a missa, o 131. 

Logo quando eu cheguei no quartel recebi a notícia de alguns soldados que chegaram primeiro e já tinham observado a lista que estava exposta com a relação. Eles olhavam-me agora com admiração  ao saber que era o Primeirão. 

Mas, seu também, para ver no que ouvia,  precisei observar a lista com o meu nome na primeira colocação.

Eu havia honrado a Deus com a obediência e submissão na hora da prova, e agora ele estava me dando primazia diante daqueles soldados, alguns que haviam zombado de mim. 

No Salmo 23:5 diz assim: 

"Prepara-me uma  uma mesa perante mim, na presença  dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo , o meu cálice transborda."


Todos soldados queriam estar agora no meu lugar. Foi até um pouco cômico quando eu durante o almoço, no refeitório  com todos os pelotões reunidos, em um só lugar, e todos queriam conhecer o primeiro colocado, no final daquele recrutamento de soldados.

Ao tomar minha bandeja com a refeição, caminhei  sob o olhar atento de todos, e podia ouvir aguas fizeram aos outros: "Este ai é o primeiro colocado". Outros perguntavam: "Este não é aquele crente que faltou a missa?  Outro respondia: 'Sim, 'e ele mesmo".

Eu sentei-me numa mesa que tinha bastante soldados e fiz questão de demorar mais que o normal na oração antes de comer, eu queria aproveitar aquele momento, para anunciar que continuava sendo crente, mas, que não era nenhum babaca como que eles imaginavam, afinal, eu fui melhor que todos eles. A minha média geral era 9,34 e isso dava mais de 2o pontos sobre o segundo colocado na uma tropa de  que 236 soldados, formados naquele ano. Deus é Fiel.

Mas, a batalha  não havia terminado, e possivelmente eu já estava me sentindo importante e a arrogância precede a queda.  

Eu acho que a minha demorada oração de fariseu com a bandeja, pegou mal, pois eu deveria ser mais humilde, e não querer mostrar nada, afinal, o bom não era eu, mas, quem tinha preparado a mesa.

Alguns dias seguintes enquanto eu estava fazendo um treinamento para sair do meio da tropa, após os pelotões em marcharem em diversas direções, se uniam e se separavam, até formar uma  asa, que é o símbolo da Aeronáutica do Brasil, para o dia da cerimônia de formatura, quando estariam as as autoridades militares presentes, inclusive o Brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, Comandante do I COMAR de cuja mãos, o primeiro colocado naquela Formatura deveria receber um prêmio  por seu empenho e dedicação.

Acontece que ao ser  formada a asa com cada soldado posicionado em seu lugar na asa, sob o toque de uma corneta, eu deveria sair de meu lugar e seguir marchando sem errar nenhum passo, até o lugar onde durante os ensaios, estava um sargento, fazendo o papel do Comandante, que estaria ali no Dia da Formatura. 

Eu confesso que estava, nervoso, a atenção de todos estavam voltadas para mim, e preocupava-me a minha propria posição no meio da tropa, que depois que formava a asa, me deixava em um lugar distante, que para chegar ate a frente, tinha que fazer muitos movimentos. Se fosse para andar seria fácil, mas, fazer isso marchando, sem erra nenhum passo, era difícil. 

A ao ouvir o toque da corneta e tentar fazer isso por duas vezes, eu errei o passo, e não havia mais tempo para treinamentos. Quem comandava a tropa, pediu para o segundo colocado, que estava em melhor posição e mais perto do local onde estariam as autoridades, e ele foi bem sucedido logo da primeira vez.

Então, no dia da Formatura eu fui substituído  justamente na hora de receber o prêmio, caindo da primeira posição para a terceira, o prêmio era o mesmo, uma bonita caneta Croos folheada em ouro, mas, a diferença estava na posição e e no nível da autoridade que entregava o prêmio, e eu recebi o prêmio da terceira colocação, das mãos do Coronel Brasil, Comandante do INFREARO, naquele tempo. O soldado que tomou meu lugar, como primeiro colocado, recebeu seus preciso do Comandante do I Comar, e o segundo colocado, das maos do Comandante da Base.

Mas, me valeu a lição, em uma vitoria, não se pode vacilar, nem na hora de receber o prêmio. 

Depois do período de recrutamento, eu fui designado para trabalhar dobrando lenços, na lavanderia da base, e isso eu reconheci como uma providencia de Deus, para poder retornar aos meus estudos no seminário, pois, o trabalho era feito durante o dia nos horários de expediente, diferente de outros saldados  que  riam pertencer no quadro de inadataria de gurda, e precisavam tirar plantões alternados, que poderia ser de dia, de noite, ou nos finais de semana.

Na lavanderia, dobrando lenções, numa maquina chamada calhandra, que os secava e passava, eu enfrentava muito calor e vapor durante as horas de trabalho, mais tinha hora para cegar e para sair, e folgava nos finais de semana, tudo que eu precisava para continuar  no seminário, naquele ano, estudando na classe da noite. Também a passar novamente a dormir no internato do seminário, pois durante o recrutamento dormia no quartel, exceto nos finais de semana. 

Mas, na medida que o nosso curso no seminário caminhava para o final, cada aluno saia para encontrar suas namoradas, ou procurar por suas "Rebecas" como se costumava falar graciosamente, fazendo uma referência ao nome na mulher de Isaque, filho de Abrãao, que também precisava casar, com uma jovem, que fosse escolhida para herdar as promessas com ele.

Nas saídas dos meus  colegas em idade de namoro, para conseguir ver se encontrava suas esposas em algum lugar, que conheciam nas congregações de Belém,  eu sempre ficava pelo seminário estudando, ou mesmo dormindo. 

Eu dormia tarde, porque estudava no turno da noite, e sempre nos dias livres, precisava descansar bastante para o trabalho do dia seguinte,  pois a minha labuta na lavanderia do quartel, trabalhando durante toda a semana no vapor de uma máquina que estava ligada à uma caldeira,  eu tinha que dobrar lenços  os menções  de forma rápida e em um ritmo só, para servi no cassino dos oficiais, e também das roupas que vinham das residências dos oficiais que prestavam serviço militar no I COMAR, o meu serviço era cansativo, era como estar de pé, trabalhando dentro de uma sala o dia inteiro. 

E pelo fato de eu não sair à procura  da minha "Rebeca" isso começou a chamar atenção, pois eu estava sendo diferente dos demais. 

É claro que pelo meu jeito de ser, ninguém de ser, de pregar, de falar, e de agir, ninguém suspeitava que eu tivesse alguma coisa "escondida no armário" mas, não deixava de ser esquisito, um jovem, na minha idade, até com algumas pretendentes evitasse namorar.

Cada aluno tinha um apelido carinhoso que por algum motivo era colocado pelos outros colegas, que logo pegava, e o meu era Sacerdote 2, porque já existia o Sacerdote 1. 

Mas, eu pouco me importava com isso, porque também eu não queria fazer como alguns faziam trocando de namoradas constantemente. Eu não precisava de uma jovem para apenas dividir o tempo nos finais de semana, eu queria uma que fosse minha companheira para a vida toda, e para cumprir meu voto de servir ao Senhor, teria que ser uma Rebeca mesmo  bem preparada por Deus para enfrentar o desafio.  

Eu, porém, sabia que à medida que se  aproximava do último ano no seminário o de nossa nossa formatura, e  eu teria que deixar o convívio que tinha ali, para que voltar à minha vida solitária, anterior, e eu comecei a procurar por minha Rebeca.

Não era nada difícil para mim,  no vigor da juventude, e como alguém que era bem qualificado nos estudos, pelo bom comportamento eu atraia o respeito e consideração de todos.

Eu sabia namorar e fazer galanteio, isso nunca havia me faltado para as mulheres antes da conversão, e no período em que trabalhava como cobrador de ônibus.  O difícil para mim era encontrar a pessoa certa, para acompanhar-me na difícil missão que sabia ter pela frente, desde que recebi a revelação no Cajú Una, quando carregava as cascas de cocos para queimar debaixo do assoalho.

É claro que eu queria que fosse uma jovem bonita, mas que sobretudo tivesse também um compromisso  missionário,  para que se tornasse minha parceira para enfrentar tudo que me havia sido revelado.

Eu então comecei, a descer novamente lá para a "Sala da Misericórdia" e orar pedindo a Deus pela minha Rebeca, afinal eu não eu podia errar na escolha. E dentre as jovens bonitas, que eu conhecia e sondava alguma  possibilidade de uma investida,  sempre se destacava a que eu achava realmente a mais bonita delas, por dentro e por fora.

Eu havia conhecido essa jovem, com apenas dez anos de idade, quando pela primeira vez acompanhava eu acompanhava a família de meu irmão que ia à igreja em Soure. 

Essa menina acabava de entrar para a igreja resistindo a oposição de sua família no inicio, e conservou a sua convicção de fé e testemunho que me chamava atenção. 

Eu precisava de alguém que fosse crente de verdade. Seu pai era um pescador, proprietário de canoa de pesca, um  homem bom, honesto. 

Porém, era mais conhecido na região por sua valentia e pelo respeito que todos tinha por ele. A cidade era pequena e todos conheciam sua História. Por seu nome ser Antonio, era conhecido na cidade como 'Antonio Silvino" exatamente pela valentia de um cangaceiro do Nordeste, que tinha esse nome. 

O que depois tornou-se meu sogro, e um amigo de verdade, também não levava desaforo pra casa, e ficou conhecido quando ainda pela década de 60,  sobreviveu uma emboscada, reagindo rapidamente e eliminando o seu inimigo, o que lhe custou um alto preço como consequências disso, mas, cativou o respeito de todos. Qualquer um em seu lugar, se tivesse tanta rapidez e coragem para defender sua vida, poderia fazer o mesmo. 

Em minhas idas e voltas a Soure, durante a procura de minha Rebeca, eu havia notado que que aquela menina que eu admirava, e que tinha a mesma idade que eu, havia crescido, e se tornado a jovem mais bonita que realmente encantava meus olhos. Tudo nela era bonito, não tinha nenhum defeito. Agora, a minha oração na "Sala da Misericórdia" já tinha endereço, ela era que eu queria, e Deus precisava me ajudar nisso.

E até aí a coisa estava encaixando. nesse período da busca, eu a observava de longe, pois ela cantava no coral da igreja que ficava à frente do povo, e ficava fácil de fazer isso, mas a gente não conversava nunca, apenas os saudações de praxe, antes e depois do culto,  como se fazia entre todos os que se encontravam na entrada, ou na saída, e  durante as minhas idas a Soure.

Depois, eu fiquei  sabendo que ele também havia se mudado para trabalhar e estudar Belém, vivendo na casa de um amiga, e que sempre nos finais de semana também ia  a Soure, pelo navio, para visitar sua família. 

Eu também passei a ter um bom motivo de ir a Soure,  nos finais de semana, afinal, se encontrasse com ela no navio, e pudesse saudar-lhe, já tinha valido a viagem, ela realmente era muito reservada. E isso tudo eram pontos que eu admirava.

Num desses, dias no culto em Soure, na falta do porteiro, o pastor pediu-me que ficasse na porta do templo atendendo e cumprimentando os que chegavam. 

Quando o culto de oração começava, eu atendia na porta, tinha que abrir e  fecha-la, eu ficava pelo do lado de fora por uns momentos, para vigiar a entrada do templo e abrir a porta aos que chegavam alguns minutos depois. Era um momento agradável deu saudar os irmãos, que conhecia, e não via todos os dias, porém, naquele dia eu era um porteiro 'com segunda intenções'  alguém que estava procurando era uma 'Rebeca".

A que eu pretendia ter, ate quando orava, morava distante e tinha que andar bastante para chegar no templo, e até aquele momento ela não havia chegado, afinal eu sendo o porteiro podia apertar na sua mão e olhar bem de perto na sua face. Imagine o que um jovem crente faz quando está  a procura de sua namorada.

De repente ela chega no portão do terreno da igreja e havia um espaço de um seis metros de um calçadão até a entrada do templo, e era nesse espaço que eu já havia treinado para agir, igual o vaqueiro quando não deseja perder o laço.

Caminhei ao seu encontro e cumprimentei-lhe, com o sorriso mais bonito que eu podia fazer

- Paz do Senhor irmã que bom revê-la. 

Ela respondeu secamente: 

- Paz do Senhor irmão.

E e  apressando o passo foi logo entrando,  estava atrasada.

Eu lhe acompanhei rápido lhe perguntei-lhe: 

- A irmã pode  me dar uns dois minutos de sua atenção e falar um pouquinho comigo aqui.

Ela respondeu secamente: 

- "Não irmão, eu estou atrasada para o culto!

E foi logo foi entrando"

Eu me senti ridículo e entrando fui orar também, para Deus me dar juízo, afinal eu acabava de tomar um fora. Talvez eu fosse um sonhador e  aquela jovem bonita e dedicada, estava mais difícil do que eu pensava, talvez eu precisasse orar mais,  para  consegui-la ou esquecê-la de vez e procurar outra Rebeca, que fosse mais fácil, pois o tempo para mim estava voando.

Mas, eu continuei sempre aos finais de semana indo a Soure, pois a própria viagem de navio era agradável, e com o dinheiro que eu estava ganhando como soldado ja me permitia  fazer isso com mais freqüência, e tendo eu revia familiares, como sempre atuava na igreja de alguma forma, e de sobra ainda poderia conseguir uma esposa.

Um um dia em uma dessas viagens, desiludido da Rebeca de meu sonhos,  eu tentei procurar outra, e minha atenção foi despertada, para uma jovem cujas roupas e cabelos compridos a denunciavam como sendo uma crente. 

Procurei puxar conversa com ela,  e descobri que também frequentava uma a igreja em Belém, ela viajava sozinha e logo, tivemos motivos para sentar juntos,  quando descobri que seu nome era  Isaura, chamou-me atenção porque sua aparência, lembrava em muito a atriz que interpretava a personagem Escrava Isaura,  uma escrava que tinha esse nome, 

No seminário não tinha televisão, mas, na casa de minha irmã, ela gostava de novelas e como também de relatar tudo que estava se passando nelas.

Isso acontecia quando  indo a sua casa, sentávamos para colocar as conversas em dia, e comer alguma coisa gostosa que ela fazia. E esse novela chamou-me atenção porque li uma em uma reportagem que o próprio Fidel Castro, em Cuba, a assistia na sua versão em espanhol que era transmitida lá. 

Com a irmã Isaura que havia acabado de conhecer, na viagem para Soure, troquei algumas ideias, no que poderia ser o inicio de um namoro, e em um rápido encontro que  tivemos durante um trajeto nas ruas Soure para tomar um sorvete, ela parecia animada e alegre com minha companhia, e como diz na gíria  estava me dando bola, porém, na volta a Belém, quando eu ja havia reservado dois assentos, juntos, ela quando sentou-se ao meu lado, e eu estava decidido a fazer minha proposta, de vista-las outras vezes, para agente continuar se conhecendo, gente continuasse se encontrando, ela confidencio-me que tinha um namorado que estava lhe esperava em Belém. 

Ela havia-me ocultado isso anteriormente isso. A minha decepção com ele ainda foi ainda maior do que o que tomei   porta do templo em Soure.  Eu até lhe adverti que quem tinha um namorado, não devia dar confiança, para outro jovem como ela me deu, durante a ida, nem na hora do sorvete em Soure, pois ele ja deveria saber de minhas intenções, que eu já lhe tinha lhe comunicado.

Como o clima azedou entre nós, Isaura levantou-se para sentar-se em outro lugar, e eu lhe desejei muita sorte,  mostrando, porém, demostrando descontentamento, por ela ter me ocultado de mim,  que tinha namorado, quando eu lhe perguntei sobre isso. 

E eu fui sentar-me solitário um outro lugar, onde também havia um assento vazio ao lado, esperando que um dia pudesse colocar ao meu lado uma 'Rebeca' de verdade, que desejasse falar comigo e que não tivesse nenhum  namorado esperando no porto. 

Porém, nesta mesma viagem, eu tive uma surpresa agradável enquanto fazia isso,  a Rebeca dos meu sonhos, também ia viajava ali, e eu a avistei, linda como sempre, estava vestida de amarelo, e acompanhada de uma jovem menor, Telma, sua amiga, que era filha de um irmão comerciante, dono de uma loja de móveis e eletrodomésticos,  que frequentava nossa igreja em Soure. 

Quando ela me viu sorriu para mim, de um modo bem atraente. Só depois vim a saber, que ela tinha me visto sentado ao lado de Isaura, e isso também lhe incomodou. 

Creio que minha orações pedindo Rebeca na "Sala da Misericórdia" estava surtindo efeito, Aquele era o meu dia de sair do fracasso para a vitória.

Agora como o navio, era grande, e eu já estava longe de Isaura, no lugar e nos pensamentos, fiz questão de marcar o assento ao lado do meu, para que nele ninguém sentasse, pois,  uma pessoa muito especial podia sentar ali.  

Fui ao banheiro dar um retoque para ver se o hálito, o cabelo e cheiro estava tudo em ordem, e partir para ataque, eu tinha que encontrar de novo aquelas duas jovens que  circulavam pelo de um lado para outro enquanto o velho navio Fortaleza, singrava as águas da baia do Marajó de Soure até Belém, o que durava em média sete horas de viagem, que eu deveria saber aproveitar muito bem.

As pessoas no navio, principalmente os mais jovens, não conseguem permanecer parados em um só, lugar em um embarcação enorme, que transportar centenas de pessoas, e então passam a indo do andar a outra da embarcação, e  circular pelos corredores conversando, encontrando ou fazendo novos amigos, ou simplesmente observando as gaivotas que acompanham o navio em sua trajetória, ou mesmo observando as ondas e as paisagem dos pequenos barcos e canoas de pescadores que estão realizando o seu trabalho na baia do Marajó, enquanto o navio grande passa.

Eu com os dois lugares reservados, comecei a percorrer entre o povo para ver se encontrava novamente a minha Rebeca, logo a avistei e caminhei em sua direção. 

A menina que a acompanha, creio ainda nos  seus 12 anos, que também viajava na companhia de seus parentes, sem perceber, durante aquele novo encontro  dentro do navio disse uma palavras que muito me laegrou e eu nunca esqueci: 

- "Irmão ela estava procurando pelo senhor" 

Ela quis despistar, vergonhosa, dizendo que a garota estava equivocada, mas, já era tarde, eu aproveitei o embalo e disse-lhe: 

- "Não há problema irmã, podemos conversar a vontade, a viagem é longa." - aproximamos um do outro, para ficar a borga do navio e não impedir outros transeuntes enquanto a Telma, inteligente, correu para onde estavam os seus parentes.

Ela aceitou, e a Telma correu para um outro onde estavam seus pais, em um outro lugar do navio, e ali, podemos falar sobre muitas coisas. A  irmã Jacileia, 'justificou' que me procurava porque queria saber sobre um  carinho que eu havia aprendido no seminário e ensinado na igreja. Acho que comecei ensinando um corinho novo corinho. Qualquer desculpa servia para a gente estar juntinho ali naquele momento.  Estando em pé os dois, avisei-lhe que ali perto tinha dois assentos desocupados, e logo sentamos nele, um ao lado do outro.

Parecia um sonho, ali estava a minha musa, minha princesa, o motivo das minhas últimas orações na sala da misericórdia bem ali, sentadinha  ao meu lado. 

Isso era o máximo.  Eu era realmente um cabra de sorte. Eu queria pegar na sua mão,  beijá-la, sentir o seu perfume, dizer tudo o que sentia por ela, que admirava sua fé, sua voz, seu cabelo. Queria perguntar se ela aceitava ser minha minha namorada, depois minha noiva, e depois, minha esposa, ser mãe de meus filhos e envelhecer junto comigo.

Mas eu tinha que saber ir com calma, para não espantar o peixe. Uma coisa de cada vez,  e bem de leve, como todo o carinho que aquela beleza que estava a minha frente merecia.

Mas, eu tinha que ser rápido no gatilho que a viagem estava correndo e o navio ia chegar. Então eu faço-lhe uma pergunta bem intencionada:

- E o seu namorado irmã mora em Soure ou em Belém?

Ela responde:

- Não irmão, eu não tenho namorado!

Era tudo que eu precisava ouvir da boca dela.

Eu respondi: 

"Interessante, irmã, isso  é muito agradável, porque eu também não tenho, namorada."

A minha mão carinhosamente apertou a dela que correspondeu, atração era muito era muito grande naquele momento, e de forma reciproca, nos beijamos pela primeira vez, não precisava mais falar nada, somente curtir cada momento daquela viagem que começou tão mal para mim,  mas terminou de forma maravilhosa e inesquecível. 

Levando em conta o que tinha acontecido antes,  só mesmo para oficializar eu perguntei-lhe se ele me aceitava, a partir dali como sendo o seu namorado, ele afirmou que sim e deu-me o endereço da  família onde  ela onde ela morava para que a gente pudesse se encontra e conversar na próxima semana.

Chegando em Belém ela pegou a condução dela e eu peguei  a minha, pois, orávamos em bairros diferentes.

Parece-me que eu estava sonhando agora eu tinha uma namorada e que era a melhor namorada a melhor de todas. Agora eu não era mais o Sacerdote 2, que os meus colegas iriam  tirar graça com outro, eu tinha uma namorada, e quando ele vissem teriam que admitir que eu tinha bom gosto.

Na semana seguinte la estava eu e Jaciléia, sentados  juntinhos em uma praça no Conjunto Panorama XX, o condomínio onde ela morava, situado em frente ao conhecido estadio do Mangueirão, em Belém do Pará. Ali passou a ser o nosso local de encontro onde as horas passavam muito rápido, toda vez que a gente ficava juntos. 

Mas eu tinha que ser honesto com a minha Rebeca, e mesmo a Rebeca, escolhida para Isaque,  teve que passar no teste de dar água para os dez camelos, até que eles fossem  saciados, e camelos bebem muita água quando terminam de atravessar pelo deserto. Uma jovem donzela para  se dispor à fazer isso teria que ser  realmente a escolhida no plano de Deus para isaque.

Eu tinha também precisava  mostrar a minha realidade. 

Então um dia em um de nossos encontros, sentado no banco na   raça, eu lhe relatei, que o meu o meu caso era mais sério, eu tinha feito um voto,  eu estava terminando o seminário, e estava deixando um oportunidade muito boa de uma carreira  militar onde obtive boa colocação,  por ter  escolhido ser missionário. 

Isso significava que, não teria grandes pretensões por bens terrenos, que não teria paradeiro certo, e isso podia incluir muitos sofrimentos e desafios que não comuns para um casal normal, que não tem planejamento missionário e nem missão a cumprir. 

Se isso não fosse conveniente para ela, estava a tempo de refletir antes de aprofundar o relacionamento, pois eu teria que ser apresentado à sua família, e realmente após a formatura do Seminário, eu precisava ter a minha vida própria e construir minha família, para prosseguir em minha jornada. Eu sei que era difícil, para mim dizer isso, pois ali estava o amor da minha vida, que eu não queria perde-la por nada, e para ela também, pois estava sabendo que antes de casar com ele, eu ja estava casado com um compromisso missionário. 

Tem um ditado popular que diz; 'toda mulher que casa, quer casa' e alem disso  deseja ter estabilidade,uma vida comida   construir as coisas, ter conforto, possibilidades. A minha proposta de casamento era o contrario de tudo isso

A Jacileia ouviu ouviu o meu argumento com muita atenção e muita calma,  observando cada palavra, que eu tive até medo de sua resposta. Quem deseja unir sua vida com um Zé Ninguem?  Alguém que não tem eira nem beira, e nem onde cair morto, e que ainda por fim pretende se entregar para fazer missões? algo incerto e tão desprezado. Missionários são sinônimos de pobreza, de uma vida de renuncia constate.
 
A prova da minha 'Rebeca' ainda foi mais forte da prova da a de Rebeca de Isaque,  ao voluntariamente decidir puxar agua do poco para alimentar saciar camelos, pois, Isaque era o herdeiro do Patriarca Abraão, que havia se tornado um homem  muito rico, herdeiro de promessas. 

Porém, ela surpreendeu-me respondendo assim: 

- Olha irmão Calby,  desde quando eu me converti ao evangelho, o meu desejo tem sido este, eu também quero ser missionaria, eu também quero servir na Obra do Senhor e acredito que é o Deus, que está me respondendo, pode contar comigo.

Enquanto eu escrevo estas linhas completou 40 anos  anos que estamos juntos, casados, e de nosso amor nasceram quatro preciosidades, que são nossas riquezas na terra,  Denise, Daniel, Diego e Denison, todos hoje criados, seguindo com suas famílias e suas profissões, mas, não consigo lembrar de outras palavras que minha esposa tenha falado, que tenha causado mais alegria, impacto e agradecimento na minha vida que estas: 

" ...desde quando eu me converti ao evangelho, o meu desejo tem sido este, ...e eu acredito que é o Senhor que está me respondendo, pode contar comigo" - 

Respondo agora, com agradecimento e lágrimas:

"Sim, meu amor eu tenho contado, com o seu valor, trabalho e dedicação, em todos estes anos,  e se não fosse você, sozinho eu jamais conseguiria vencer e chegar até aqui. Muito obrigado, no final, no recebimento dos galardões o seu ser bem maior, disso eu tenho certeza" 

Mas, ainda  nesta parte do livro a nossa  jornada missionária, nem sequer havia começado ainda.

O que tem para ler lido adiante,  nas páginas seguintes, é emocionante, as vezes chocante, mas, profundamente real. 



Nosso casamento foi no dia 15 de março de 1980, e quem celebrou o nosso casamento, foi o amado Pastor Gilberto Marques de Souza, um querido obreiro do Senhor, que havia acabado de chegar de São Paulo, para trabalhar na Amazônia, e tinha assumido a igreja em Soure.


Sempre recordo de umas palavras de aconselhamento que ele disse-me na hora de oficiar o ato,  ao pedir o meu sim, se eu  haveria de ama-la, respeita-la, cuida-la, protege-la. E quando eu disso o sim, com vontade, creio que ele notou isso e e falou com carinho.

Ele disse-me, olhando para todos ao redor. como se fosse uma mensagem valendo valendo para todos os casais presentes, a Juíza da cidade Dra. Maria de Lourdes de Oliveira Costa, e o tabelião, Machado Eléres, também estavam presentes para fazer os procedimentos legais do ato.  

O pastor disse: Agora é fácil dizer si, a noiva está nova, arrumada, bonita. Mas, os anos vão passar, a velhice vai chegando aos poucos, a aparência vai mudar, vem as tribulações, os problemas, e a Biblia ordena dizer este  sim, em todos os momentos. Essa é arte da cerimonia que eu jamais esqueci e tem sido útil, para sobreviver os momentos mais difíceis de uma caminhada que enquanto escrevo, já dura 40, anos, e eu continuo dizendo sim, e a amando com toda intensidade.



Terminado a cerimônia, de casamento, e no final dos comes e bebes no refeitório da igreja,  o Pastor Gilberto Marques, e sua esposa, irmã Alice, foi nos deixar, no seu Fusca, na casa que eu havia alugado e mobiliado, para passar os primeiros meses de nossa nova vida.

Hoje é o Pastor Gilberto, é Presidente da Convenção de Pastores do Estado do Pará (COMIEADEPA) e você presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADG) e sempre que vou ao Brasil, e nos revemos, ele conta-me chamando-me pelo nome inteiro Calby Amoras de Paiva, e eu  respondo, a sua oração foi forte,  a gente continua casado.

Da última vez que eu fui ao Brasil, em 2016, ele convidou-me para ir junto à uma reunião convencional no interior, em Salinas, e vivemos bons momentos agradáveis de recordação estando juntos.

Quando estávamos sentados na hora da refeição, lembrando daquele tempo que a gente  viajava junto, perguntei-lhe se ele lembrava de um fato, quanto eu ainda era o dirigente do Caju Una, ele havia assumida a igreja em Soure, e coube a mim, mostrar-lhe a vila de pescadores, onde ele precisava ser conhecido como o novo pastor local.

E enquanto visitava-mos, uma irmã em sua casa, ele veio mostrar-nos  sua netinha, que havia nascido naqueles dias. Quando perguntei qual era o nome da criança ela respondeu. 

- É Maria Romana irmão, nós colocamos este nome porque esta Bíblia, não está?

Eu respondi-lhe que tem algumas algumas Marias, inclusive a mãe de Jesus, e carta de Paulo aos romanos, que era destinada ao crentes de Roma. E a irmã se deu por satisfeita, afinal os dois nomes estavam na Bíblia. 

O pastor Gilberto que observava a nossa conversa  ao lado,  e, como eu,  notando a ingenuidade de nossa querida irmã na escolha daquele nome, olhou-me de soslaio e calado ficou. 

Ai sair dali no trajeto pela vila para visitar outras famílias, ele aproximado-se de mim disse baixinho perto de meu ouvido em seu característico senso de humor:

- Calby, você precisa  ter cuidado para  ensinar melhor essas suas ovelhas para a hora de escolher nome dos filhos, porque na Bíblia tem adultério, fornicação, lascívia, e isso tudo é nome bíblico!

Eu tive que ri à vontade da percepção do pastor, mas vi que ele tinha razão. 

Quando na mesa em Salinas, perguntei se ele lembrava disso ele respondeu:

- Rapaz  faz muito tempo, mas, sabe que eu lembro disso.